Segurança de Processo e Engenharia

Perspectivas de negócios para 2017

20 dez
2016
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Depois de tanta turbulência em 2016, recessão, desemprego e denúncias de corrupção no mundo político, é difícil imaginar que 2017 seja um ano de normalidades e crescimento. Possivelmente muita coisa ainda deverá acontecer em 2017 e manter uma certa instabilidade da economia.

No entanto, apesar das denúncias e incertezas políticas, o Governo e sua equipe econômica vêm propondo medidas que podem iniciar um processo de recuperação de longo prazo. A aprovação da “PEC do Teto” e a proposta para discussão sobre a reforma da Previdência mostra uma direção, mas ainda é preciso medidas estruturais importantes para fortalecer o setor produtivo, segmento que de fato gera riqueza para um país.

Esperamos que este Governo não cometa o mesmo erro que o anterior tentando fortalecer a economia com base no consumo.  Um crescimento sustentável do consumo e de serviços somente acontecerá como consequência de um bom desempenho da produção industrial, exploração mineral e da agropecuária que são fortes no Brasil.

O crescimento mundial até meados de 2007, interrompido pela recessão de 2008 e a retomada a partir de 2010, puxada especialmente da China, alavancou a economia de países como o Brasil, que se beneficiaram principalmente da venda de “commodities”. Nesse “Período de Ouro” deveríamos ter investido em melhorias da infraestrutura (ferrovia e portos principalmente) e programas para aumento de produtividade nas empresas, para quando as o “Período de Ouro” se encerrasse estaríamos numa posição de maior vantagem competitiva.

Infelizmente não fizemos o nosso dever de casa quando deveríamos e o Governo, na época, só soube incentivar o consumo gerando a falsa impressão que consumo e serviços eram o motor da economia, enquanto na verdade estes segmentos aproveitaram a riqueza residual gerada nos anos anteriores pelo setor produtivo, que está em grave crise hoje e precisa se recuperar para produzir a riqueza e os empregos necessários.

Precisamos ações imediatas na microeconomia e atrair capital estrangeiro para investimentos em infraestrutura, reduzir os custos de logística, desburocratizar os processos de importação e exportação, reduzir cargas tributárias e flexibilizar e legislação trabalhista para gerar mais empregos, dentre outras ações para reduzir o conhecido “Custo Brasil” que precisa ser enfrentado com coragem pelo Governo e o Congresso Nacional.

Os desafios são grandes e as respostas são lentas, mas se o Governo começar a tomar algumas medidas neste sentido e em 2017 teremos uma retomada gradual da produção.

Estamos confiantes que 2017 será um ano da retomada do crescimento e do emprego e, mesmo com todas as turbulências políticas que se projetam, as empresas devem começar a reinvestir no Brasil e a economia voltará a se fortalecer num processo lento, mas consistente a partir do segundo semestre de 2017.

Assim, as perspectivas de negócios para 2017 são promissoras para os mais diversos segmentos empresariais, pois o setor produtivo demandará serviços de qualidade com preços competitivos.

Paulo Stuckenbruck
autor

Engenheiro Químico, Freesolo

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